Não existem sistemas/máquinas ideais, em que não ocorram forças dissipativas.

Quando se transfere energia, \(E_{t}\), para uma máquina, nem sempre essa energia é totalmente aplicada naquilo que era suposto a máquina realizar.

A energia útil, \(E_{u}\), é a energia aplicada na função pretendida e a energia dissipada, \(E_{d}\), é a energia desperdiçada pelo próprio funcionamento dessa máquina:

$$E_{t}=E_{u}+E_{d}$$

em que:
\(E_{t}\) – energia total/transferida (J)
\(E_{u}\) – energia útil (J)
\(E_{d}\) – energia dissipada (J)

No caso do motor da Figura 1, dos 1250 J fornecidos ao motor, sob a forma de energia elétrica, apenas 770 J são efetivamente transformados em movimento do veio do motor, representando este valor a energia útil. Do total de energia inicialmente transferido para o motor, 330 J são desperdiçados sob a forma de ruído e 150 J desperdiçados sob a forma de calor, representando estas energias (330 J + 150 J) a energia dissipada pelo motor.

Figura 1 – Energia transferida, dissipada e útil de um motor [imagem: www.directindustry.com, adaptada].
Figura 1 – Energia transferida, dissipada e útil de um motor [imagem: www.directindustry.com, adaptada].