Arrhenius aplica os resultados seu trabalho de doutoramento (pelo qual lhe foi atribuído o Prémio Nobel da Química em 1903) para explicar a origem dos comportamentos ácido e base de substâncias.

Segundo Arrhenius, um ácido é uma substância que em solução aquosa origina iões \(\text{H}^{+}\).

\(\text{HCl}\) é um ácido segundo Arrhenius porque:

$$\text{HCl (aq)}\rightarrow\text{H}^{+}\text{(aq)}+\text{Cl}^{-}\text{(aq)}$$

Uma base é uma substância que provoca o aparecimento de iões hidróxido, \(\text{OH}^{-}\), em solução aquosa.

\(\text{NaHO}\) é uma base segundo Arrhenius porque:

$$\text{NaOH (aq)}\rightarrow\text{Na}^{+}\text{(aq)}+\text{OH}^{-}\text{(aq)}$$

Teoria ácido-base de Arrhenius
Ácido – Substância que em solução origina iões \(\text{H}^{+}\).
Base – Substância que em solução origina iões \(\text{OH}^{-}\).

A neutralização de um ácido por uma base (e vice-versa) é explicável através desta teoria.

A Teoria de Arrhenius não explica e/ou não tem em conta algumas situações:

  • Não é aplicável a todos os ácidos (\(\text{NH}_{4}\text{Cl}\), por exemplo). Como é que algumas substâncias que não têm átomos de \(\text{H}\) na sua composição originam soluções ácidas (já que não podem formar iões \(\text{H}^{+}\));
  • Substâncias que não possuem o ião hidróxido (\(\text{OH}^{-}\)) originam soluções básicas (\(\text{NH}_{3}\) por exemplo);
  • Não tem em conta que o \(\text{H}^{+}\) é apenas um protão;
  • Não considera o fator solvente.

Devido a estas dificuldades desta teoria surgiu a Teoria protónica (de Brönsted e Lowry).